domingo, 5 de outubro de 2008

I'm screaming "I love you" so... But my thoughts you can't decode.

"Como eu posso decidir o que é certo? Quando você está ocupando minha mente, não consigo ganhar sua luta perdida todo tempo. Eu nunca vou possuir o que é meu quando você sempre está tomando partido, você não tomará meu orgulho, não agora. A verdade está escondida nos seus olhos e está pendurada na sua língua, apenas fervendo no meu sangue. Mas você acha que eu consigo ver que tipo de homem você é? Se você é um homem completo, bem, eu vou entender isso sozinha. Como chegamos aqui? Bem, eu costumava te conhecer tão bem... Eu acho que sei. Tem algo que eu vejo em você pode me matar, eu quero que seja verdade."

Deixe livre tudo o que você ama. Se voltarem para você é por que são suas, se não voltarem é por que nunca lhe pertenceram.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Le Petit Prince.

"No quinto dia, sempre graças ao carneiro, este segredo da vida do pequeno príncipe me foi de súbito revelado. Pergunto-me, sem preâmbulo, como se fora o fruto de um problema muito tempo meditado em silêncio.

- Um carneiro, se come arbusto, come também as flores?

- Um carneiro come tudo que encontra.

- Mesmo as flores que tenham espinho?

- Sim. Mesmo as que têm.

- Então... para que servem os espinhos?

Eu não sabia. Estava ocupadíssimo naquele instante, tentando desatarraxar do motor um parafuso muito apertado. Minha pane começava parecer demasiado grave, e em, breve já não teria água para beber...

- Para que servem os espinhos?

O principezinho jamais renunciava a uma pergunta, depois que a tivesse feito. Mas eu estava irritado com o parafuso e respondi qualquer coisa:

- Espinho não serve para nada. São pura maldade das flores.

- Oh!

Mas após um silêncio, ele me disse com uma espécie de rancor:

- Não acredito! As flores são fracas. Ingênuas. Defendem-se como podem. Elas se julgam terríveis com os seus espinhos...

Não respondi. Naquele instante eu pensava: "Se esse parafuso ainda resiste, vou fazê-lo saltar a martelo". O principezinho perturbou-me de novo as reflexões:

- E tu pensas então que as flores...

- Ora! Eu não penso nada. Eu respondi qualquer coisa. Eu só me ocupo com coisas sérias!

Ele olhou-me estupefato:

- Coisas sérias!

Via-me, martelo em punho, dedos sujos de graxa, curvado sobre um feio objeto.

- Tu falas como as pessoas grandes!

Senti um pouco de vergonha. Mas ele acrescentou, implacável:

- Tu confundes todas as coisas... Misturas tudo!

Estava realmente muito irritado. Sacudia ao vento cabelos de ouro:

- Eu conheço um planeta onde há um sujeito vermelho, quase roxo. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou uma estrela. Nunca amou ninguém. Nunca fez outra coisa senão somas. E o dia todo repete como tu: "Eu sou um homem sério! Eu sou um homem sério!" e isso o faz inchar-se de orgulho. Mas ele não é um homem; é um cogumelo!

- Um o quê?

- Um cogumelo!

O principezinho estava agora pálido de cólera.

- Há milhões e milhões de anos que as flores fabricam espinhos. Há milhões e milhões de anos que os carneiros as comem, apesar de tudo. E não será sério procurar compreender por que perdem tanto tempo fabricando espinhos inúteis? Não terá importância a guerra dos carneiros e das flores? Não será mais importante que as contas do tal sujeito? E se eu, por minha vez, conheço uma flor única no mundo, que só existe no meu planeta, e que um belo dia um carneirinho pode liquidar num só golpe, sem avaliar o que faz, - isto não tem importância?!

Corou um pouco, e continuou em seguida:

- Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla. Ele pensa: "Minha flor está lá, nalgum lugar..." Mas se o carneiro come a flor, é para ele, bruscamente, como se todas as estrelas se apagassem! E isto não tem importância!

Não pôde dizer mais nada. Pôs-se bruscamente a soluçar. A noite caíra. Larguei as ferramentas. Ria-me do martelo, do parafuso, da sede e da morte. Havia numa estrela, num planeta, o meu, a Terra, um principezinho a consolar! Tomei-o nos braços. Embalei-o. E lhe dizia: "A flor que tu amas não está em perigo... Vou desenhar uma pequena mordaça para o carneiro... Uma armadura para a flor... Eu...". Eu não sabia o que dizer. Sentia-me desajeitado. Não sabia como atingi-lo, onde encontrá-lo... É tão misterioso, o país das lágrimas!"

( Capitulo VII de "O Pequeno Príncipe" - Antoine de Saint-Exupéry )

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Missing You..

Não existe no mundo palavras suficientes para descrever um sentimento tão forte quanto este. Saudade...

"Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz"
(Charles Chaplin)

domingo, 28 de setembro de 2008

Wake up, my love.

Aqui, sentada diante do computador à olhar para a tela vazia e sem vida e à viajar por códigos binários, eu venho me iludindo com um mundo fantástico de sonhos... Um mundo irreal, um mundo de "mentiras", porém um mundo tão doce e encantador que me prende completamente nesse transe místico. Eu compararia esse transe ao complexo de Alice no País das Maravilhas. A pequena garotinha adormecida viaja por florestas encantadas, encontra criaturas estranhas e magníficas; animais e plantas que falam, cartas mágicas com vida própria e inumeros caminhos embriagantes. Seja tomando um chá com um Chapeleiro Louco e um Coelho Maluco ou jogando críquete com uma Rainha de Copas enfurecida e seu exército de cartas, Alice sempre busca uma só criatura em sua jornada: o Coelho Branco. Ela sofre em busca desde admirável Coelho, ela faz tudo ao seu alcance apenas para poder encontrá-lo, tocá-lo, saber que é real. Eu sou Alice, e como ela também busco pelo meu Coelho Branco. Eu o quero tanto. Poder tocá-lo, pegá-lo em minhas mãos e sentir seu pêlo macio, seu calor... Mas por quê foges tanto, Senhor Coelho? Tens medo de também perder-se por esse mundo de fantasias insanas? Ou o seu tempo é tão curto que não podes esperar um pouquinho apenas para que eu possa mostrar-lhe que nosso mundo de Maravilhas também pode ser real. Espere, Senhor Coelho... Ainda há tempo. Páre, escute... sinta. Mas a cada grão de areia que escorre no tempo você se afasta mais do calor dos meus braços...

É tarde, é tarde, é tarde.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

(re)começo.

Escrever um blog parece uma atividade tão simples, tão.. fácil. Mas conseguir colocar os pensamentos em ordem e transmiti-los em palavras é algo tão complicado, pelo menos para mim. Sempre fui uma pessoa fechada, quieta, tímida. Nunca chorei em público, jamais falei sobre sentimentos cara a cara e mantive sempre meu coração fechado para quem quer que fosse.
Você deve estar se perguntando, meu caro leitor, por quê então escrever um blog?
Pelo simples fato de quê é melhor você pôr para fora suas aflições, seus medos e suas tristezas do quê guardá-las para si, sufocando-se e acabando por explodir. Concluo que eu sou uma bomba-relógio.


Essa será minha válvula de escape, então paciência. As palavras fluirão, pouco a pouco, como tem que ser.